Hipnose: Técnicas e Benefícios Comprovados

A medicina tradicional tem se aliado a certas técnicas de hipnose para combater diversos problemas de saúde. De acordo com estudos publicados em periódicos científicos renomados, como Science, The Lancet e Proceedings of the National Academy, é possível tratar dores crônicas, insônia, enxaqueca, obesidade, vícios, fobias e doenças de pele utilizando a hipnose. Entretanto, é importante frisar que não se trata daquela hipnose de “estalar os dedos e fazer o problema desaparecer”. Na verdade, são necessárias sessões com métodos definidos, que podem levar meses.

A Crescente Prática da Hipnose no Brasil

A prática da hipnose vem crescendo consideravelmente no Brasil, especialmente no tratamento de problemas de somatização, onde doenças se manifestam ou se agravam por causa de distúrbios emocionais. Além disso, os conselhos federais de medicina, psicologia, odontologia e fisioterapia já aprovam a utilização da hipnose como uma ferramenta válida e eficaz.

Aplicação da Hipnose em Dores Crônicas

No Centro de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo, são ensinadas técnicas mais longas de auto-hipnose para pacientes que lidam com dores crônicas, como enxaqueca e fibromialgia. Por exemplo, segundo a psicóloga Adriana Loduca, uma das técnicas envolve exercícios de respiração e concentração em imagens específicas, ajudando o cérebro a desviar a atenção da dor.

A Importância da Semântica no Controle da Dor

O cérebro trabalha com previsões e, muitas vezes, sugestões que ouvimos no dia a dia podem influenciar nossa percepção da dor. Frases como “dói quando eu aperto aqui?” ou “vou fazer um movimento e me diga se dói muito” podem fazer com que o cérebro comece a prever a dor, intensificando a sensação.

Além disso, o auto-sugestionamento, como antecipar a dor antes de uma vacinação ou exame, também contribui para o aumento da percepção de desconforto. Portanto, é crucial ter cuidado com as palavras e sugestões relacionadas à dor, pois elas podem exacerbar a sensação.

Aspectos Importantes no Controle da Dor

Primeiramente, não existem receitas milagrosas para o controle da dor. Antes de mais nada, é essencial consultar um médico para verificar as causas fisiológicas da dor. Além disso, a dor faz parte de um sistema complexo e interligado, e diversas variáveis podem influenciar sua percepção, como:

  • Alimentação: Como é a sua dieta?
  • Rotina estressante: Você está constantemente “em alerta”?
  • Qualidade do sono: Você consegue descansar adequadamente?
  • Relações pessoais: Como são seus vínculos e interações sociais?
  • Atividades físicas: Você pratica exercícios regularmente?
  • Expressão emocional: Você consegue expressar suas emoções ou tende a reprimi-las?

Estudos indicam que vínculos interpessoais e a qualidade das relações podem estar diretamente ligados à percepção da dor.

Técnicas de Relaxamento para o Controle da Dor

Exercitar o relaxamento ativa o sistema nervoso parassimpático, ajudando no controle da dor. A seguir, apresentamos algumas técnicas que podem auxiliar:

Respiração 4-7-8

Essa técnica envolve a respiração controlada, ajudando a relaxar e reduzir a sensação de dor:

  1. Primeiramente, solte completamente o ar dos pulmões;
  2. Em seguida, inspire pelo nariz durante 4 segundos;
  3. Depois, segure o ar por 7 segundos;
  4. Por fim, expire pela boca durante 8 segundos.

Repita o ciclo 3 vezes, permitindo que o oxigênio se espalhe pelo corpo e proporcione relaxamento. Feche os olhos e imagine um lugar agradável e confortável. Assim, perceba a mudança na sua sensação de dor.

Redirecionamento de Atenção e Controle da Dor

Técnicas de redirecionamento de atenção ajudam a mudar o foco da dor para outros aspectos, alterando a percepção de desconforto. Alguns exemplos incluem:

  • Primeiramente, treinar a mente a pensar no aqui e agora;
  • Em seguida, concentrar-se na respiração;
  • Finalmente, praticar exercícios de atenção plena.

Lembre-se: durante esses exercícios, se você começar a pensar na dor, reconheça o pensamento e volte sua atenção ao exercício.

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